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Influência do Guarani

   Além disso, a língua guarani é a língua co-oficial da Bolívia, da província de Corrientes, na Argentina, da cidade de Tacuru, no Mato Grosso do Sul e do Mercado Comum do Sul. No Paraguai, a língua guarani foi mantida principalmente porque os padresjesuítas a usaram como instrumento de conversão religiosa numa empreitada colonizadora desvinculada das potências católicas ibéricas que, efemeramente, constituiu um estado indígena cristão: as chamadas missões (ou reduções) jesuítas.

   Entretanto, a língua guarani, que, antes de sistematizada pelos jesuítas, não era escrita, assimilou uma enorme variedade de vocábulos da língua castelhana (gerando o chamado "yopará" [mistura] no Paraguai) advinda com a invasão cultural em face da colonização. Há uma tendência entre as pessoas com um maior grau de escolarização a falar o castelhano com sotaque peculiar, com algumas frases curtas e expressões em guarani. Este modo de expressar também é muito comum nos jornais, revistas e mesmo livros didáticos.

   Em agosto de 1995, o guarani recebeu o status de "língua histórica" pelos países membros da comunidade econômica do Mercosul. Em janeiro de 2007, o guarani também recebeu o status de língua oficial do Mercosul.

   Em 24 de maio de 2010, a cidade de Tacuru, no estado brasileiro do Mato Grosso do Sul, adotou o guarani como língua oficial, além do português. A lei sancionada na data determinou que ninguém poderá ser discriminado pela língua de que faça uso e destaca o respeito e a valorização às variedades do guarani, como o caiouá, o nhandeva e oembiá. A lei determina, ainda, que a prefeitura de Tacuru deverá apoiar e incentivar o ensino da língua guarani nas escolas e nos meios de comunicação.     

 

 

    A variante mais regional do sul e oeste, denominada "língua guarani" (denominada avañe'ẽ por seus falantes), mantém-se viva e é falada por mais de sete milhões de pessoas, notadamente no Paraguai, onde é língua oficial juntamente com o castelhano. O guarani, dessa forma, tornou-se uma das únicas línguas indígenas americanas a obter um reconhecimento nacional e literário e a ser falada por um número significativo de não-indígenas.

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